segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A dor do Nascimento Cósmico


Jeshua canalizado por Pamela Kribbe

No dia 23 de maio de 2004, apresentamos uma canalização de Jeshua na nossa clínica em Tilburg.

Queridos amigos, estou tão contente por vocês terem vindo aqui. E alguns de vocês vieram de tão longe! Eu vi todos vocês e sei quem vocês são. Vocês são muito queridos para mim. Minha jornada é a sua jornada e a sua jornada é a minha. É por isso que eu gostaria de compartilhar algumas das minhas percepções internas da longa jornada na qual vocês, como almas, embarcaram. Esta jornada leva à Luz que todos vocês podem ver diante de si, mas que, na verdade, é uma luz que já brilha dentro de vocês. No entanto, vocês não vêem isto ou realmente não acreditam suficientemente nisto.


Eu quero levá-los comigo para o começo da sua jornada – totalmente de volta ao começo, quando vocês nasceram como almas numa realidade que vocês não conheciam anteriormente. Quero voltar no tempo até o momento onde vocês começaram a sua jornada – a sua jornada através do tempo, através do espaço, através da matéria. A origem encontra-se muito lá atrás. Mas o fato em si, o fato de estarem separados do lar, da fonte primária, da origem de todos vocês, esse fato e a dor que o acompanha ainda estão muito presentes dentro de todos vocês. Esta dor do nascimento encontra-se por trás de muitos dos seus sentimentos e comportamentos cotidianos.
Eu gostaria de esclarecer isto com um exemplo.


Muitos de vocês defrontam-se diariamente com uma inquietação interna, uma sensação constante de estar “procurando alguma coisa”. Existe uma tensão interna relacionada com não estar totalmente à vontade consigo mesmo, não se sentir à vontade com seu próprio ser, com a sua própria essência. Devido a esta tensão interna básica, existe a tendência de procurar validação externa, conhecimento e aceitação. Vocês sempre sentem necessidade de alguma coisa externa para renovar sua confiança – algo que leve embora essa tensão interna e diga: “você está em casa, você está bem.” Vocês podem imaginar com que freqüência vocês precisam desta renovação de confiança, pois todos vocês sentem esta inquietação dentro de si mesmos, esta compulsão para procurar; uma tendência a ir para algum lugar que não está neste agora, que está fora de vocês e não dentro de vocês.


Eu gostaria de falar sobre a origem desta tendência. A verdadeira causa é como o centro de uma cebola, que tem muitas camadas em volta. As camadas externas são formadas pelos acontecimentos da sua vida que fizeram com que vocês se sentissem inquietos, desconfortáveis consigo mesmos. Nas camadas mais profundas, estão os acontecimentos de outras vidas que foram traumáticos. Mas, se vocês descascarem todas essas camadas, vocês encontrarão uma inquietação central, uma saudade central, que está conectada com o começo da sua jornada. Imaginem-se antes de embarcarem nesta viagem, fazendo parte de um estado de unidade que era muito confortável e abrangente. Era como se vocês estivessem num cochilo, comparável a um certo estado de sono no qual tudo é seguro e a sua consciência é muito receptiva. Vocês deixam que tudo aconteça, tudo é fluido. Vocês conhecem esse estado na sua vida terrena, pelo menos parcialmente, como a situação na qual vocês estão quando são um embrião dentro do útero. Nesse estado, ainda não existe uma distinção clara entre interior e exterior, existe uma unidade nessa experiência e uma segurança inquestionável.


Nesse começo muito primitivo, vocês, como almas, eram como embriões imersos num estado de paz e segurança. Num determinado momento, veio à sua consciência uma experiência de estarem sendo dilacerados. Esse era o começo do nascimento de vocês como almas individuais; almas que iriam empreender uma grande viagem para adquirir experiência. Primeiro, tudo era um. Depois, houve a experiência de ser rasgado, ou arrancado de uma unidade antiga. E então, veio a desorientação, a perplexidade, uma procura cega por algo a que se agarrar, uma segurança que não veio. Foi um momento de escuridão. É desta forma que vocês apresentariam isto, mas o momento em que vocês se arrancaram da fonte primordial e se lançaram no seu próprio caminho foi, ao mesmo tempo, um momento de profunda criatividade.


Vocês podem imaginar um espaço vazio e escuro, o espaço onde vocês se propagaram. Havia escuridão lá, mas também havia espaço para alguma coisa nova. Muitos dos sentimentos que vocês tiveram no começo da sua jornada, vocês podem encontrar na imagem da criança interna perdida, da qual eu falei na última vez. Esta imagem da criança perdida mostra claramente as profundas feridas internas com as quais vocês começaram a sua jornada. No transcorrer dessa jornada, nas quais vocês tomaram várias formas (corpos), vocês experienciaram muitas coisas, passaram por muitas coisas e finalmente acabaram aqui, no planeta Terra.


A Terra é um lugar de grande criatividade e muitas possibilidades. Mesmo assim, apesar das possibilidades e da beleza da realidade aqui na Terra, vocês ainda sentem falta do lar. Há um sentimento de que “algo não está certo”, como se estivesse faltando alguma coisa, algo que é essencial para se sentir bem. O que vocês sentem que está faltando é o amor e a segurança emocional que são necessários como uma base para que todos os seres viventes cresçam, floresçam e sejam capazes de se desenvolver em total liberdade. O que eu quero lhes pedir é que procurem, dentro da sua própria consciência, a ferida original que foi criada quando vocês abandonaram o Lar. Vocês podem encontrar, dentro de si mesmos, o lugar psíquico onde vocês se sentem arrancados da unidade original? É uma unidade primordial, que vocês não conseguem explicar com sua mente, mas que, no fundo do seu coração, vocês têm certeza que a conheceram.
Ao se voltarem novamente para a dor original da partida do “Lar”, vocês podem encontrar uma força substancial para curar a si mesmos. No fim das contas, ela está onde a origem da perda da sua força se encontra!


Todos vocês – aqui presentes ou lendo este texto – estão no processo de dar o passo em direção a um novo nível de consciência. Um nível cuja base é a segurança interna e a auto-confiança, e através do qual muitas novas criações serão possíveis. Vocês serão capazes de viver e criar a partir dessa nova consciência. Mas para realmente compreender este nível de consciência, é de máxima importância viajar até o âmago e as origens dos bloqueios e desequilíbrios que vocês experimentam na sua vida diária.


Nesta fase do seu desenvolvimento, é tempo não só de olhar para as dores e traumas que surgiram na sua vida presente, e talvez em vidas passadas, mas também dar um passo mais profundo. Agora é necessário voltar até a cena primordial e, logo que vocês a reconhecerem conscientemente e lembrarem dela com seu coração, é preciso que cuidem dessa sua dor interna. É hora de tomar conta dessa criança cósmica recém-nascida, que ainda está viva dentro de vocês, e não sabe para onde está voltada e não tem nenhum senso de direção. Eu gostaria de oferecer-lhes uma forma de conhecer e trabalhar com essa dor primordial. É importante compreender que esta dor também tem uma localização física: ela está situada no abdome. Esta é a sede das emoções e dos sentimentos conectados.


O abdome geralmente é o lugar ou centro energético a partir do qual vocês formam relacionamentos com outras pessoas. O problema que muitas vezes surge aqui, é que existe uma dor no centro do seu abdome, que transcende esta vida terrena, que transcende outras vidas, e que tem sua origem no seu nascimento como almas individuais. No nível mais profundo, é a dor do nascimento cósmico. No entanto, muitas vezes vocês tentam aliviar essa dor individual, cósmica, no nível dos relacionamentos com outras pessoas. Especificamente nos relacionamentos pessoais profundos, onde há intimidade com outra pessoa, muito freqüentemente vocês tentam curar sua própria ferida interior mais profunda através da energia do outro.


Geralmente vocês reconhecem muito bem a dor no outro. Essencialmente é sempre aquela mesma dor, a que se baseia na perda da conexão e segurança primordiais. O outro freqüentemente funciona como um espelho para a sua própria dor. Em essência, vocês reconhecem a sua própria dor no rosto do outro. Como vocês reconhecem a dor no outro mais facilmente do que a reconhecem em si mesmos, vocês começam a tentar solucionar essa dor do outro e subconscientemente esperam que a sua própria dor diminua pela presença (amor, reconhecimento) do outro. Mas esse jogo, que geralmente acontece nos relacionamentos (sexuais), torna ainda mais difícil curar essa ferida. Porque, a partir desse papel emocional, pode se desenvolver facilmente uma co-dependência à qual os dois parceiros ficam cada vez mais amarrados. Logo que a dependência começa a se formar, também começam a surgir aspectos de poder que os afastam cada vez mais de casa – literalmente, isto é, do Lar. Sempre que vocês se apóiam no poder, vocês abandonam a sua própria força. Poder e dependência não podem viver um sem o outro.


A área de relacionamentos pessoais (íntimos) é um indicador muito importante para a conscientização da profunda dor cósmica que todos vocês carregam consigo. Muito freqüentemente vocês sentem que necessitam da presença de outra pessoa em sua vida. Vocês supõem que a solidão é associada à falta de contato com outros e que a solução se encontra numa relação amorosa. Mas, nesta suposição esconde-se uma grande armadilha em potencial. A armadilha é que vocês estão colocando a causa da sua dor do lado de fora de si mesmos. O resultado é que, nesse papel sutil que vocês desempenham dentro dos relacionamentos, vocês responsabilizam o outro pelas suas feridas internas: vocês são a vítima. Ao mesmo tempo, vocês estão exercendo um certo poder sobre o outro, porque vocês conhecem a dor interna e a vulnerabilidade dele/dela.


O propósito espiritual do amor entre um homem e uma mulher, ou qualquer relacionamento íntimo sexual, não é o de curar as feridas um do outro. A verdadeira beleza de um relacionamento amoroso está no encontro entre dois seres completamente independentes que compartilham suas próprias riquezas um com o outro. Cada um tem sua própria forma de enxergar a realidade, sua própria forma de vivenciar as coisas. Ser capaz de compartilhar isto com outra pessoa, no nível mais profundo, é uma grande alegria para a alma. Então, não há nada de prejudicial nos relacionamentos íntimos! Eu só quero lhes chamar a atenção para o fato de que esses relacionamentos muitas vezes são usados impropriamente para curar uma ferida que, de fato, não tem nada a ver com a outra pessoa.


Algumas vezes isto pode ser muito difícil de se compreender no nível mais profundo – compreender que, se vocês se sentem terrivelmente sós ou abandonados ou tristes, vocês mesmos estão criando essa realidade, esse sentimento. Vocês são os criadores dessa realidade interna que vocês chamam de solidão ou de sentimento de abandono. A verdadeira solução para estes sentimentos, que são muito profundos e muito antigos, está em voltar-se para dentro de si mesmos, para dentro da verdadeira força que vocês têm à sua disposição, ao invés de se voltarem para o outro. A solução para todos os sentimentos de desespero, depressão e solidão, na sua vida, está disponível dentro de vocês mesmos, em forma energética. A solução já está lá, ela está presente na sua energia. Pode parecer que a energia da solução está escondida, no sentido de que vocês terão que encontrar a porta e abri-la. Mas, em essência, vocês são a energia Divina que tem tudo disponível dentro de si mesma para confortar a sua criança interna perdida.


O convite que fazemos a todos vocês, a cada alma individual, é que se impregnem com a sua própria divindade. A tendência de se tornarem dependentes de outra pessoa em relação a isto é a causa de muitos desentendimentos e nunca solucionará a dor mais profunda. É por isto que é tão importante reconhecer totalmente a verdadeira fonte dessa dor, compreender que ela se encontra numa dimensão espiritual que transcende os relacionamentos, os empregos, os pais, etc. E compreender que, portanto, a solução não está no comportamento do seu companheiro, da sua mãe, do seu filho, dos seus colegas, mas pura e simplesmente dentro de vocês mesmos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Lidando com as Emoções


Jeshua canalizado por Pamela Kribbe


Esta canalização foi apresentada para uma audiência ao vivo, no dia 6 de fevereiro de 2005, em Haarven, Holanda.


Queridos amigos,
Estou encantado de estar com vocês novamente e me comunicar com vocês desta forma. Devo lhes dizer que isto também significa muito para mim. Eu tenho muito carinho por estes encontros, pois, desta forma, Eu posso chegar mais perto de vocês do que a partir do seu próprio plano de realidade. Mas Eu sempre vivo nos seus corações e Eu espero por momentos do seu tempo, em que vocês estão abertos e suscetíveis à minha energia. A minha energia, a energia Crística que está renascendo nesta época, não é somente minha energia. Ela não é simplesmente a energia de um homem que viveu na Terra numa época: ela é um campo de energia coletivo, do qual vocês fazem parte de uma forma mais profunda do que vocês percebem.

Uma vez vocês fizeram um voto, vocês todos estabeleceram a sua intenção de levar esta energia para a realidade da Terra, de ancorá-la na Terra. Durante muitas vidas, muitos séculos, vocês trabalharam nessa missão. Vocês todos estão no processo de dar à luz a semente Crística que existe dentro de vocês, e Eu estou ajudando-os. Eu fui um precursor, mas a propagação da semente Crística foi um esforço coletivo. Até mesmo a minha vinda à Terra só foi possível graças ao campo de energia que estava presente aqui, criado por vocês. Nós trabalhamos juntos, nós somos uma unidade. Portanto, Eu sou acessível a todos vocês. Eu não estou exclusivamente disponível para uma única pessoa. Eu estou a serviço de todos vocês. Hoje Eu quero falar sobre uma questão que os toca profunda e freqüentemente na sua vida cotidiana. É sobre lidar com as emoções. Na última vez Eu falei sobre as energias masculina e feminina que correm através dos seus campos de energia e chakras. Eu enfatizei a importância de curar os três chakras inferiores, como um dos requisitos para se tornarem inteiros e completos em si mesmos. Eu achei que era importante enfatizar isto, porque alguns de vocês, que anseiam pelo espiritual, têm a tendência de se reservar – tanto em pensamentos, quanto em sentimentos – aos chakras superiores.

O cardíaco, o terceiro olho e o chakra coronário são atraentes para vocês, porque estes centros de energia levam-nos a contatar os reinos mais elevados que são tão naturais para vocês. Mas a verdadeira ruptura interior deve ocorrer agora no nível inferior, na área dos chakras inferiores, mais perto da Terra. A área das emoções é uma área vital no processo de crescimento em direção à liberdade e à integridade. Vocês são seres espirituais. Vocês vieram de um plano de realidade, onde a densidade e a rotina da realidade da Terra era desconhecida por vocês. Agüentar isto foi difícil. Através de muitas vidas, vocês tentaram expressar a sua energia cósmica aqui na Terra. E nesta expressão, na canalização da sua energia para a Terra, muitos traumas profundos foram criados. O corpo emocional, que todos vocês possuem, está repleto de ferimentos e traumas. É disto que Eu vou falar hoje. Qualquer pessoa que está no caminho do crescimento interior sabe da importância das emoções: que vocês não devem reprimi-las, que vocês devem chegar a um acordo com elas, que vocês finalmente devem libera-las. Mas nem sempre está claro como isso realmente funciona.

Primeiro Eu quero fazer uma distinção entre emoções e sentimentos.

Não estou preocupado aqui com termos ou rótulos – vocês podem lhes dar nomes diferentes – mas Eu quero fazer uma distinção entre emoções, no sentido de energias que são essencialmente expressões de mal-entendimentos, e sentimentos ou energias que são uma forma de maior entendimento. Os sentimentos são os seus professores, enquanto as emoções são as suas crianças.

Emoções são energias que têm uma manifestação clara no corpo físico. Emoções são reações a coisas que vocês não compreendem realmente. Pensem no que acontece quando vocês são tomados por um acesso de raiva. Por exemplo, quando alguém inesperadamente fere os seus sentimentos e vocês começam a ficar com raiva. Vocês podem sentir isso muito claramente no seu corpo: vocês começam a sentir a energia ficando tensa em algumas partes. Esta tensão física ou aperto, que segue o choque energético, mostra que há algo que vocês não compreendem. Existe uma energia vindo ao encontro de vocês, que vocês acham que é injustificada. O sentimento de ser tratado injustamente – em resumo, o não-entendimento – é expressado através da emoção. A emoção é a expressão do não-entendimento, é uma explosão energética e uma liberação.
Quando isto acontece, vocês se confrontam com as seguintes escolhas: o que vou fazer com esta emoção? Vou basear meu comportamento atual nela? Vou usar isto como um combustível para as minhas reações a outras pessoas? Ou vou deixar essa emoção aí e basear minhas ações em outra coisa?

Antes de responder estas perguntas, quero explicar a natureza dos sentimentos.

Essencialmente, as emoções são explosões de mal-entendimento que vocês podem perceber claramente no corpo. Sentimentos, por outro lado, são de uma natureza diferente e também são percebidos de forma diferente. Eles são os sussurros da alma, que chegam a vocês através de leves cutucadas, de um conhecimento interior, ou uma súbita ação intuitiva que mais tarde vai se revelar muito sábia. As emoções sempre carregam algo muito intenso e dramático dentro delas. Pensem nos ataques de ansiedade, pânico, raiva ou tristeza profunda. As emoções dominam vocês completamente e empurram vocês para longe do seu centro espiritual. No momento em que vocês estão altamente emocionais, vocês estão cheios de um tipo de energia que os afasta do seu centro, da sua clareza interior. Neste sentido, as emoções são como nuvens encobrindo o sol.
Com isto, não quero dizer nada contra as emoções. As emoções não deveriam ser reprimidas; elas são muito valiosas como um meio para vocês conhecerem a si próprios mais intimamente. O que eu quero é declarar qual é a natureza da energia emocional: ela é uma explosão de mal-entendimento. As emoções essencialmente tiram vocês do seu centro.

Os sentimentos, por outro lado, levam vocês mais profundamente para dentro de si mesmos, para o seu centro. Os sentimentos são intimamente associados àquilo que vocês chamam de intuição. Os sentimentos expressam uma compreensão mais elevada, um tipo de compreensão que transcende tanto as emoções quanto a mente. Os sentimentos têm origem num reino não-físico, fora do corpo. É por isso que eles não são tão claramente localizados em um ponto do corpo físico. Pensem no que acontece quando vocês percebem alguma coisa, um ambiente ou um humor, ou quando vocês têm pressentimentos sobre alguma situação. Nessas ocasiões, existe um tipo de conhecimento com vocês, que parece vir de fora, e que não é uma reação sua a alguma coisa externa. Vocês o recebem de fora, mas ele vem “do nada”. Em tais momentos, vocês podem sentir alguma coisa se abrir no chakra do coração.

Existem vários momentos em que esse conhecimento interior vem para vocês. Por exemplo, vocês podem “saber” alguma coisa a respeito de alguém sem ter conversado muito com ele ou ela. Vocês podem perceber alguma coisa a respeito de vocês dois, que mais tarde desempenhará um papel importante no seu relacionamento, mas que não é fácil de ser definido com palavras – “é simplesmente uma sensação” – e com certeza não é entendido facilmente pela mente (Estes são os momentos em que a sua mente se torna cética, dizendo-lhes que vocês estão inventando coisas ou ficando loucos).

Eu gostaria de mencionar uma outra energia que tem uma natureza mais de “sentimento” do que de emoção. É a alegria. A alegria pode ser um fenômeno que transcende o emocional. Algumas vezes, vocês podem sentir uma alegria interna que os eleva, sem uma razão especial. Vocês sentem a divindade dentro de si mesmos e a sua conexão íntima com tudo que existe. Este sentimento pode vir para vocês quando vocês menos esperam. É como se vocês fossem tocados por algo Maior, ou tocassem uma realidade Maior. Os sentimentos não são convocados tão facilmente e parecem vir para vocês “do nada”. As emoções quase sempre têm um causa clara e imediata: um disparador no mundo exterior que “aperta os seus botões”. Os sentimentos originam-se nas dimensões do seu Ser Superior. Vocês precisam estar quietos internamente, para poder captar esses sussurros do seu coração. As emoções podem perturbar esse silêncio e essa paz interiores. Portanto, é vital que vocês se tornem emocionalmente calmos e curem e liberem as emoções reprimidas. É só através dos seus sentimentos, que os conectam com a sua alma, que vocês podem tomar decisões equilibradas.

Estando quietos e em paz, vocês podem sentir com todo o seu ser o que é certo para vocês, num determinado momento. Tomar decisões com base na emoção é tomar decisões a partir de uma posição não-centrada. Vocês precisam liberar as emoções primeiro e entrar em contato com o seu centro interno, onde existe clareza.

Agora vamos à questão de como vocês podem lidar melhor com as emoções.

Eu disse que “os sentimentos são seus professores e as emoções são as suas crianças”. Os paralelos entre “ser emocional” e “ser como uma criança” são notáveis. Sua “criança interior é a sede das suas emoções. Inclusive existe uma semelhança notável entre a forma com que vocês lidam com as suas emoções e a forma com que vocês lidam com as suas crianças (de verdade). A criança é sincera e espontânea em suas emoções e não as esconde nem as reprime, até que os adultos a incentivam a fazer isso. Entretanto, o fato da criança expressar espontaneamente as suas emoções não significa que ela vivencia as suas emoções de uma forma equilibrada. Todo mundo sabe que uma criança pode ser levada por suas emoções (raiva, medo ou tristeza) e muitas vezes é incapaz de pôr um fim nelas. Em tais situações, a criança pode quase se afogar nas suas emoções e isto faz com que ela se desequilibre, ou seja, fique fora do seu centro.

Uma das razões para esta emotividade incontrolada é que a criança acabou de sair de um mundo no qual quase não existem limites. Nas dimensões etéricas ou astrais, não há restrições ou limitações como as que existem no reino físico, dentro de um corpo físico. As emoções das crianças geralmente são “reações de mal-entendimento” a esta realidade física. Portanto, a criança precisa de ajuda e apoio, quando ela começa a lidar com as suas emoções. Isto é uma parte do processo de “encarnar equilibradamente” na Terra. Então, como vocês podem lidar com as emoções, sejam elas as suas próprias ou dos seus filhos? As emoções não deveriam ser julgadas nem reprimidas. As emoções são uma parte vital de vocês, como seres humanos, e assim elas precisam ser respeitadas e aceitas. Vocês podem olhar para as suas emoções como se fossem seus filhos, que precisam da sua atenção e respeito, e da sua orientação.

A melhor forma de se encarar uma emoção é como uma energia que vem a vocês para a cura. Portanto, é importante que vocês não sejam totalmente arrebatados pela emoção, mas que se mantenham aptos a olhar para ela de uma posição neutra. É importante que se mantenham conscientes. Podemos colocar esta questão da seguinte forma: vocês não deveriam reprimir uma emoção, mas também não deveriam mergulhar nela. Pois, quando vocês se afundam na emoção, quando vocês se identificam com ela completamente, a criança em vocês torna-se um tirano que os desviará do caminho.

A coisa mais importante a fazer com uma emoção é permitir que ela aflore, sentir todos os seus aspectos, mas sem perder a consciência enquanto isso.
Tomem por exemplo a raiva. Vocês podem convidar a raiva a estar completamente presente, experienciá-la em diversos pontos do corpo de vocês e, enquanto isso, ao mesmo tempo, vocês ficam observando-a de uma forma neutra. O que acontece, então, é que vocês abraçam a emoção – que é essencialmente uma forma de mal-entendimento – com a compreensão. Isto é alquimia espiritual. Por favor, deixem que eu explique isto com a ajuda de um exemplo. Digamos que o seu filho tenha batido o joelho na mesa e esteja realmente com muita dor. Ele está perturbado, zangado, berrando de dor, e chuta a mesa, porque está bravo com ela. Ele acha que a mesa é a causadora da sua dor. Orientar emocionalmente, neste momento, quer dizer que o pai primeiro ajuda a criança a definir a sua experiência:- “Você está bravo, não está? Você está com dor, certo?” Definir é essencial. Assim o pai transfere a raiz do problema da mesa para a própria criança. “O problema não está na mesa. É você que está machucado, é você que está bravo. E, sim, eu entendo a sua emoção!”

O pai abraça a emoção da criança com compreensão, com amor. No momento em que a criança se sente compreendida e reconhecida, sua raiva gradualmente se desvanece. A dor física pode ainda estar presente, mas a resistência da criança à dor, a raiva relacionada com ela, podem se dissolver. A criança percebe a compaixão e a compreensão nos olhos do pai e isso acalma e suaviza suas emoções. A mesa, a causa das emoções, não é mais relevante.

Ao abraçar uma emoção com compreensão e compaixão, o pai muda o foco de atenção da criança do exterior para o interior, e ensina a criança a se responsabilizar pela emoção. Ele está mostrando ao filho que sua reação a um causador externo não é o habitual, mas que é uma questão de escolha. “Você pode escolher a incompreensão ou a compreensão. Você pode escolher brigar ou aceitar. Você pode escolher.” Isto também se aplica ao relacionamento de vocês com as suas próprias emoções, com a sua própria criança interior. Permitir que as suas emoções aflorem, defini-las e fazer um esforço para compreendê-las, significa que vocês realmente respeitam e tratam com carinho a sua criança interior. Fazer a mudança do “externo” para o “interno”, responsabilizando-se pela emoção, ajuda a criar uma criança interior que não quer machucar ninguém e que não quer sentir-se vitimada. Emoções fortes – seja raiva, tristeza ou medo – sempre têm o componente da impotência, isto é, o sentimento de que vocês são vítimas de algo que está fora de vocês.
O que acontece quando vocês não se focalizam nas circunstâncias externas e sim na sua própria reação e na sua dor, é que vocês “demitem” o mundo externo do papel de causador das suas emoções. Vocês já não se importam tanto com o que deu origem à emoção. Vocês voltam-se completamente para dentro e dizem a si mesmos: “Está bem, esta foi a minha reação e eu entendo o porquê. Eu entendo porque eu me sinto deste jeito, e eu vou apoiar a mim mesmo nisto.” Voltar-se para as suas emoções de uma forma tão amorosa é libertador. Isso requer uma certa auto-disciplina. Liberar a realidade externa do papel de “fonte do mal” e assumir totalmente a responsabilidade significa que vocês reconhecem que “escolhem reagir de uma determinada maneira”. Vocês param de discutir sobre quem está certo e quem está errado, quem é culpado pelo o que, e vocês simplesmente liberam toda a cadeia de situações que ocorreram fora do seu controle. “Agora eu vivencio esta emoção totalmente consciente de que eu escolho fazer isto.” Isto é assumir a responsabilidade. Isto é coragem!

A auto-disciplina, neste caso, é desistir de ser o correto e de ser a vítima indefesa. É desistir de sentir raiva, de se sentir mal-compreendido e de todas as outras expressões da condição de vitima, das quais muitas vezes vocês até gostam (Na verdade, vocês freqüentemente alimentam as emoções que mais os incomodam). Responsabilizar-se é um ato de humildade. Significa ser honesto consigo mesmo, inclusive nos seus momentos de maior fraqueza. Esta é a auto-disciplina que é solicitada de vocês. Ao mesmo tempo, esta espécie de volta para dentro requer a mais alta compaixão. A emoção que vocês estão sinceramente preparados para encarar como sua própria criação, também é vista com amável compreensão. “Você escolheu a raiva, desta vez, não foi?” – isto pode ser o que vocês vão descobrir a respeito de si mesmos. A compaixão lhes diz: “Está bem, eu posso perceber a razão disto, e eu o perdôo. Talvez se você sentir mais claramente o meu amor e o meu apoio, você não vai sentir-se inclinado a ter essa reação na próxima vez.”

Este é o verdadeiro papel da consciência na auto-cura. É isto que a alquimia espiritual significa. A consciência não luta nem rejeita coisa alguma, ela envolve a escuridão com a percepção. Ela envolve as energias da incompreensão com a compreensão e assim transforma metal em ouro. Consciência e amor são essencialmente a mesma coisa. Ser consciente significa deixar que algo exista e rodeá-lo com amor e compaixão. Freqüentemente vocês pensam que a “consciência sozinha” não é suficiente para superar os seus problemas. Vocês dizem: “Sei que eu tenho uma emoção reprimida, conheço a causa dela, estou consciente, mas ela não vai embora.”

Neste caso, existe dentro de vocês uma resistência sutil a essa emoção. Vocês mantêm essa emoção à distância, de medo de serem dominados por ela. Mas vocês nunca são dominados por uma emoção, quando vocês conscientemente escolhem admiti-la. Enquanto vocês mantêm a emoção à distância, vocês estão em guerra contra ela; vocês estão lutando contra a emoção e ela se voltará contra vocês de inúmeras formas. Vocês não conseguirão deixá-la do lado de fora, no fim. Ela se manifestará no seu corpo, como uma dor ou tensão, ou como sentimentos de depressão. Sentir-se abatido ou aborrecido freqüentemente é um sinal claro de que se está reprimindo certas emoções.

A questão é que vocês precisam permitir que as emoções penetrem completamente na sua consciência. Se vocês não sabem exatamente que emoções estão lá, vocês podem muito bem começar sentindo as tensões no corpo de vocês. Isto é uma porta para as emoções. No seu corpo, tudo é armazenado. Por exemplo, se vocês sentem dor ou tensão na área do estômago, vocês podem ir até lá com a sua consciência e perguntar o que está acontecendo. Deixem que as células do seu estômago falem com vocês. Ou imaginem que há uma criança bem ali. Peçam à criança que lhes mostre qual é a emoção predominante nela. Existem várias maneiras de contatar as emoções que estão dentro de vocês. É vital compreender que a energia que ficou presa na emoção quer se movimentar. Esta energia quer ser libertada e, assim, ela bate à sua porta sob a forma de um problema físico ou uma sensação de estresse ou depressão. Para vocês, é uma questão de realmente se abrir e estar preparado para sentir a emoção.

As emoções são parte da sua realidade terrena, mas elas não deveriam dominar vocês. As emoções são como as nuvens para o sol. Por isso é importante estar atento às suas emoções e lidar com elas conscientemente. Com um corpo emocional limpo e equilibrado, é muito mais fácil contatar a alma de vocês, ou o seu âmago, através da sua intuição. Na sua sociedade, existe muita confusão a respeito das emoções. Isto é evidente, entre outras coisas, pela quantidade de debates e confusão que existe em torno de como criar seus filhos. As crianças são claramente muito mais espontâneas emocionalmente do que os adultos. Isto cria dificuldades. E se algumas das suas fronteiras morais forem atravessadas? E se a situação sair do controle e surgir o caos? Deve-se disciplinar as crianças ou deixá-las expressarem-se livremente? As emoções delas devem ser controladas, ou não?

O que é importante na educação de uma criança é que ela aprenda a entender as suas emoções; entender de onde elas vêm e assumir a responsabilidade por elas. Com a ajuda de vocês, a criança pode aprender a ver suas emoções como “explosões de incompreensão”. Este entendimento evita que a criança “se afogue” nas suas emoções e saia do controle. O entendimento liberta e a traz de volta ao seu próprio centro, sem reprimir as emoções. Os pais ensinam seus filhos a lidar com as emoções deste modo, ao serem o exemplo vivo disso. Todas as perguntas que vocês têm a respeito de como lidar com seus filhos também se aplicam a vocês mesmos. Como vocês enfrentam as suas próprias emoções? Vocês são duros consigo mesmos? Quando vocês ficam zangados ou tristes por muito tempo, vocês disciplinam a si mesmos, dizendo “vamos lá, mexa-se e não demore!”? Vocês suprimem a emoção? Vocês sentem que é bom e necessário disciplinar a si mesmos?
Quem lhes ensinou isto? Foi um dos seus pais?

Ou vocês vão para o outro extremo? Isto é, vocês “mergulham” nas suas emoções, não querendo se desapegar dela. Este também é um caso freqüente. Vocês podem ter sentido, durante muito tempo, que eram vítimas de alguma situação externa a vocês, como por exemplo, a sua educação, o seu parceiro ou o seu ambiente de trabalho. Num certo momento, pode ter sido muito libertador entrar em contato com a raiva que estava dentro de vocês, relacionada com coisas negativas que os influenciaram. A raiva pode permitir que vocês se libertem dessas influências, e sigam seu próprio caminho. No entanto, vocês podem ficar tão enamorados da sua raiva, que não queiram mais soltá-la. Ao invés de se tornar uma porta, ela se torna um “modo de vida”. Surge então uma forma de estado de vítima, que é tudo menos curativa. Ela impede-os de se manter verdadeiramente no seu próprio poder. É muito importante responsabilizar-se por suas emoções e não fazer delas “verdades absolutas”. Quando vocês lhes dão o status de verdades ao invés de enxergá-las como “explosões de incompreensão”, vocês baseiam suas ações sobre elas, e isso leva a decisões não centradas.

O mesmo acontece com crianças a quem é dada muita liberdade emocional. Elas “têm acessos de fúria” e ficam incontroláveis; elas tornam-se pequenos tiranos, e isto não está certo. O caos emocional é tão desagradável para a criança como é para os pais. Em resumo, vocês podem ser, ou muito rigorosos ou muito brandos, ao lidarem com as suas emoções (e analogamente, com os seus filhos). Quero aprofundar-me um pouco mais no modo “brando”, pois esse parece estar mais em uso hoje em dia. Desde os anos sessenta, tem havido uma compreensão coletiva de que suprimir as emoções não funciona, porque isso sufocaria a espontaneidade e criatividade – na verdade, a própria alma. A sociedade produziria crianças obedientes e disciplinadas, que dariam mais importância às regras do que aos sussurros do coração, o que seria uma tragédia – tanto para a sociedade quanto para o indivíduo.
Mas, o que vocês me dizem do outro extremo: justificar as emoções de tal modo, que elas tomem as rédeas e governem a sua vida?

Vocês podem observar, dentro de si mesmos, se existem emoções que vocês alimentam de tal forma, que realmente as enxergam como verdades (no lugar de enxergá-las como o que elas realmente são: explosões de incompreensão). Vocês se identificaram com estas emoções. O paradoxo é que, muito freqüentemente, essas são emoções que lhes causam muito sofrimento. Por exemplo: o estado de vítima (“Eu não posso fazer tal coisa”, “Eu não posso evitar isto”), a liderança (“Eu cuidarei disto”, “Eu dou um jeito.”), tristeza, medo, ansiedade, etc... Todas estas emoções são dolorosas mas, em um outro nível, elas lhes dão algo em que se agarrar. Vejam a “sensação de vítima”, por exemplo. Pode haver vantagens neste padrão de sentimento. Ele pode dar-lhes uma sensação de segurança. Ele os libera de certas obrigações e responsabilidades. “Não posso evitar isto, não é mesmo?”. Vocês estão sentados num canto escuro, mas lhes parece um canto seguro. O perigo de se identificar ou “se fundir” com esse tipo de padrão de sentimento por muito tempo, é que vocês perdem contato com a sua própria liberdade verdadeira, com o seu centro íntimo e divino.

Algumas coisas podem ter entrado na vida de vocês, que provocaram, justificadamente, emoções de raiva e ressentimento em vocês. Isto pode ter acontecido na sua juventude, mais tarde, ou até em vidas passadas. É muito importante que vocês contatem essas emoções conscientemente, e percebam a raiva, a tristeza e qualquer outra energia intensamente carregada, dentro de vocês. Mas, num certo momento, vocês precisam responsabilizar-se pelas suas emoções, pois elas constituem as suas reações a um acontecimento externo.

Estar centrado, ser claro e poderoso e espiritualmente equilibrado, significa que vocês assumem a responsabilidade por todas as emoções que estão em vocês. Vocês podem, então, reconhecer a emoção da raiva (por exemplo) dentro de si mesmos e, ao mesmo tempo, dizer: “Esta foi a minha reação a certos acontecimentos. Eu envolvo esta reação com compreensão mas, ao mesmo tempo, eu tenho a intenção de liberá-la.” Em última análise, a vida não é uma questão de estar certo; é uma questão de ser livre e inteiro. É muito libertador liberar as velhas reações emocionais que acabaram tornando-se um “estilo de vida”.

Pode-se dizer que tudo se trata de um caminho intermediário sutil entre suprimir as emoções e afogar-se nelas. Dos dois lados, vocês foram criados com opiniões e ideais que não estão de acordo com a natureza da alquimia espiritual. A essência do crescimento espiritual é que vocês não suprimem nada, mas, ao mesmo tempo, assumem total responsabilidade por isso.

“Eu sinto isto, eu escolho esta reação, para que eu possa curá-la.” Reivindicar a sua maestria – na verdade, é disto que se trata a minha mensagem de hoje.

Talvez não seja realmente um caminho intermediário, mas um caminho diferente. Trata-se da maestria espiritual. Ao aceitarem tudo que existe dentro de vocês, vocês elevam-se acima disso e tornam-se o seu mestre. A maestria é tanto forte, quanto gentil. Ela é muito tolerante, mas também exige muita disciplina: a disciplina da coragem e da honestidade. Reivindiquem a sua maestria, tornem-se mestres de todas as porções de emoção que os torturam, muitas vezes pelas suas costas. Entrem em contato com elas, assumam a responsabilidade. Não se deixem levar por feridas emocionais inconscientes, que desviam vocês e bloqueiam o seu caminho para a liberdade interior. É a sua consciência que cura. Ninguém mais pode restaurar o poder sobre as suas próprias emoções, além de vocês mesmos. Não existem ferramentas ou meios externos para tirar essas emoções de vocês. É quando vocês se tornam conscientes delas, com força, determinação e compaixão, que elas são liberadas para a Luz. Tornar-se inteiro e livre, no nível emocional, é um dos aspectos mais importantes do crescimento espiritual.

Quero terminar dizendo: não tornem isto mais difícil do que é. O caminho espiritual é um caminho simples. Tem a ver com o amor por si mesmo e com a claridade interior. Não requer nenhum conhecimento especifico, nem rituais específicos, nem regras, nem métodos. Todas as coisas que vocês precisam para o seu crescimento espiritual está dentro de vocês mesmos. Em um momento de quietude, vá para a sua parte sentimental. Deixe que a sua parte sentimental lhe diga o que precisa ser clareado e limpo dentro de você. Confie na sua intuição. Trabalhe nela. Acredite em si mesmo. Você é o mestre da sua própria vida, o mestre do seu caminho único para o amor e a liberdade.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Você é um Sucesso


Mudando de atitude, tudo se modificará.
Por Zibia Gasparetto, em Conversando Contigo!

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Há pessoas que se queixam tanto que eu, hoje em dia, quando as encontro, tenho receio de perguntar: Como vai? Porque, quando faço isso, elas apresentam seu muro de lamentações e eu, como não pretendo cultivar essa sintonia, tento, a todo custo, encontrar uma brecha para escapar.

O melhor é ir logo dizendo: Como você está bem! Que maravilha! Elas, que se preparavam para desfiar o rosário de queixas, ficam sem graça, mas se sentem melhor e reagem mais animadas: Você acha?

Você é das que se queixam ou das que consolam? Quando alguém se queixa e você acha que precisa ser compreensiva, faz uma cara solidária para parecer que é muito boa e que sofre com a dor alheia, e, ao agir assim, acaba carregando boa parte das energias negativas da pessoa. Se for muito sensível, é provável que a queixosa acabe por se sentir melhor e você saia dali derreada.

Como?! Não é caridade sentir os sofrimentos dos outros? Tentar ajudar? Quando a ajuda é efetiva e verdadeira, ela é divina. Quem consegue isso certamente irá sentir-se muito bem. Mas, se nos sentimos mal, é claro que aconteceu o oposto. Em vez de prestar ajuda como pretendíamos, baixamos nosso padrão energético e ficamos iguais à pessoa.

Mas eu tinha boa intenção. Por que aconteceu isso? Será? Nós gostamos de parecer caridosos, apesar da compaixão sincera não nos impulsionar. Fazemos isso por uma convenção social em que não entra o prazer nem o verdadeiro sentimento. Mas nossas atitudes no dia a dia não obedecem a nossas fantasias, e sim, refletem ideias que acreditamos. Muitas são parciais, falsas, aprendidas e aceitas sem questionar.

Nosso subconsciente trabalha na materialização de nossas sentenças. Ele não tem senso de humor. Faz sempre o que acreditamos. Não falha. Dessa forma, o fracasso não existe. Você foi sempre um sucesso! Sua vida é obra sua. Você é responsável por suas experiências. Mesmo aquelas que parecem não depender de você foram atraídas por sua forma de pensar.

As coisas não vão bem? Só colhe infelicidade? É hora de perceber como você faz isso. Certamente não escolheu a atitude adequada para obter bons resultados. Mudando essa atitude, tudo se modificará.

A vida deseja que você desenvolva seus potenciais de espírito eterno e aprenda a ser feliz. A felicidade é nosso destino e só o bem é verdadeiro. Para nos ensinar isso, a vida programa nossas experiências de acordo com nossas necessidades. Pelo resultado dessas experiências, conquistamos a sabedoria.

Na queixa, há sempre uma justificativa para continuarmos a ser como somos, mas há também uma auto-imagem negativa. Você pensa que não pode fazer nada, que é incapaz e não merece. Conforma-se em ser pobre, em ficar em segundo plano, em pensar primeiro nos outros (é feio pensar em você primeiro). Acha que para você ter, outros terão que lhe dar. Como se Deus fosse pobre e tão limitado que para dar a uns teria que tirar de outros. Esses pensamentos são altamente deprimentes e atraem infelicidade.

Seu subconsciente reage às mensagens que você lhe envia. Você tem todo o poder de criar seu próprio destino. Se deseja viver melhor, reconheça isso.

Faça uma lista do que crê e até das frases que costuma dizer. Se puser atenção e for sincera, logo perceberá quais as crenças que são responsáveis por sua infelicidade. Não pense mais nelas. Esqueça-as. Quanto mais se preocupar em eliminá-las, mais pensará nelas e as alimentará.

Tente cultivar o oposto. Faça afirmações positivas sempre usando o presente. Exemplos: "Eu sou feliz", "Tenho muita sorte", "Minha saúde está cada dia melhor" etc. Escreva-as e espalhe-as em sua casa, nos lugares onde possa vê-las constantemente. Repita-as várias vezes ao dia. Mas não se esqueça de pôr emoção nelas, de acreditar realmente no que afirma. Ignore aquela vozinha que lhe diz que não vai funcionar. Não custa nada experimentar.

Lembre-se de que todos os problemas de sua vida são criações pessoais. Você foi, é e sempre será um sucesso. Suas escolhas podem ter dado um resultado adverso do que esperava, mas você conseguiu materializá-las. Elas refletem suas crenças e o seu subconsciente as materializa. Pense nisso.